quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Apenas perguntando ...

É impressão minha ou a principal diferença entre o sucesso num relacionamento e na "solteirice" é que o comprometido convicto, naturalmente, se esforça pra ser uma pessoa melhor e o solteiro convicto, de um jeito ou de outro, é compelido a ser uma pessoa pior?

Vai saber ...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Doce e Pegajoso

O título é apenas uma tradução do nome da turnê "Sticky and Sweet" da Madonna, pra esquentar as coisas por aqui depois de tanto tempo longe.
Vamos lá ... Fui no show da Rainha do Pop na quinta-feira, o primeiro aqui em Sampa. Mas antes de tudo queria falar um pouco sobre as pessoas. Sabe aquelas que vivem no mesmo planeta que nós? Então ... Impressionante o drama que essas pessoas fazem sobre as coisas. Sim, o trânsito até que estava ruim no dia, sim a Sulamérica Trânsito fazia todos acreditarem que São Paulo não se mexia, mas, amigos, juro pra vocês : peguei a ponte do Morumbi, e quase toda a avenida até 1 quarteirão antes do Hospital Albert Eistein, praticamente livres. Isso às 19h00 (uma hora exata antes do horário marcado pro show). Toda vez que a cidade entra nesse tipo de clima de histeria eu, quando posso, saio por aí pra ver se precisa de tudo isso mesmo. Quase nunca precisa. Às vezes exagero, confesso, como no dia dos ataques do PCC, que eu saí pra dar um "rolê" só pra ver a cidade vazia. Mas enfim, voltemos ao show ...
Depois de 2 horas de atraso, e um show bem divertido do Paul Oakenfold, a musa entrou no palco. Como sempre faço aqui, não farei uma análise técnica. Vou falar das minhas impressões, certo?
O show foi um grande clipe de 2 horas. Espetacular, impressionante, algo que só a Madonna poderia trazer pra nós. E isso é exatamente um reflexo do que Madonna está se tornando. Uma mulher que desafia bravamente o tempo, inacreditável e quase biônica. O show é impecável, com todos os requintes técnicos, artísticos e narrativos que um grande show pode ter. Tudo que talento artístico e o dinheiro podem comprar estão lá. Assim como ela, que está tão em forma, conservada e na ativa como ninguém mais poderia.

Mas ... pra mim ... que não sou suuuuuper fã da moça (afinal de contas, sou hétero convicto) faltou emoção. Pra ser mais preciso ... faltou champignon.
Foi tudo tão coreografado, tudo tão perfeito, como num grande músical. Até a hora de ser espontâneo estava no script. E confesso que, por conta disso, o show não foi genial pra mim. Nos últimos post de show que fiz, comentei do Dave Matthews Band, do Pearl Jam e até do U2. Em todos esses shows, saí flutuando. Meus pés teimavam em não voltar pra terra por boas horas depois de tudo. No da Madonna, me senti numa das baladas mais fantásticas que já fui, mas meus pés não descolaram do chão. Pena.

Ainda sim, recomendo pra qualquer um, por tudo de bom que também comentei por aqui.

Pra fechar, explico a expressão "champignon". Quem inventou essa expressão foi um grande intéprete brasileiro chamado Wilson Simonal. Pra ele, "champignon" era todo o balanço, swing e outras coisas mais que nunca vou conseguir explicar com palavras, mas que faziam toda a platéia descolar do chão e parar nas nuvens. Infelizmente só tive a chance de conferir todo o "champignon" do Simonal por registros históricos, mas mesmo numa telinha vagabunda de youtube, viajei com ele muito mais do que na maioria dos shows que já presenciei.



Enfim ... sei que pedir isso num show da Madonna, é quase como exigir erudistismo na Malhação, ou realidade no Missão Impossível, mas acho que um mínimo de "champignon" por todo show cairia muito bem à maior estrela pop de todos os tempos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Daqui pra Frente ...

Depois de um tempo de abandono e 2 semanas de montanha russa total, estou voltando por aqui.
A montanha russa veio por conta das filmagens do novo clipe do NX Zero que estou dirigindo. Não posso contar muita coisa porque o clipe ainda vai ser lançado e não vai ser um clipe muito convencional. Por ora, apenas uma foto de um dos muitos sets q tivemos durante as filmagens. Feeeeio! :-)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Coisas difíceis de se ver por aí ...

Mais um final de semana se passou. Nada demais, nada de menos. Mas presenciei duas coisas (boas) que que me fizeram parar pra pensar um pouquinho ...

1 - Sábado à noite. Fui jantar com um grande amigo, esposa e filhinha (minha "afilhada de criação", com 2 anos e meio) no McDonald's. Entre as brincadeiras, broncas, risadas e choros tradicionais, falei algo que a fez lembrar do Papai Noel. Instantaneamente ela me perguntou se eu queria vê-lo. Eu aceitei e ela, do alto dos seus 97 cm, decidiu que ia me levar pra conhecer o bom velhinho. Por todo o caminho, ela segurava meu dedo indicador com toda força que tinha, me puxando. Eu andava pelo shopping, meio bobo, meio curioso. Até então, todas as vezes que passeei e brinquei com ela, eu que segurava a sua mão. Eu que me preocupava. Pela primeira vez, senti que ela estava realmente preocupada em me proporcionar algo de bom. Ela não queria que eu a levasse pra o Papai Noel, ela queria dividir isso comigo. Não chorei (pq eu sou macho pra caramba!), não enchi os olhos d'água e nem fiquei mais bobo do que de costume. Avacalhei e brinquei com ela como sempre faço (mesmo porque o Papai Noel não estava lá, havia apenas uma linda e gigantesca árvore de Natal), mas balancei com o significado daquele momento. Na hora de ir embora, ganhei 2 beijos. O primeiro, já tradicional, foi resposta de um pedido meu. O segundo, espontâneo, veio com um pedido na língua das crianças (eu estou no módulo intermediário), para que eu fosse visitá-la na casa dela. É claro que vou, linda.
Enfim, foi apenas um jantar no McDonald's que não durou mais que 2 horas, mas nesta noite a pequena Rafa, apenas com sua atenção, fez meu dia valer a pena.

2 - Domingo à tarde. Eu na casa dos meus pais, com meu irmão, minha cunhada e minhas 3 sobrinhas. Quase italianos e palmeirenses loucos que somos (principalmente os homens), assistimos o jogo e vimos nosso querido time perder e, praticamente, dizer adeus ao título do campeonato brasileiro. Porém, a partir dos 28 minutos do segundo tempo, São Marcos (sim, Luxemburgo, de novo ele saiu de campo com esse nome, simplesmente porque ele é dotado de santidade no Parque Antárctica), incorformado, abandonou sua área algumas vezes, para tentar fazer o gol que nenhum jogador de linha tinha conseguido até então. Louco? Desvairado? Inconsequente? Pode ser. Mas tudo isso, por conta de uma vontade inacreditável de ganhar e, ainda, por uma paixão pelo time, que supera o medo do ridículo, o medo de perder toda a credibilidade conquistada à duras penas e qualquer outro sentimento que rege a maioria dos profissionais de qualquer área hoje em dia. Essa paixão desvairada que fez São Marcos agir como um louco está em falta hoje em dia. Tão em falta, que é valorizada até pelos rivais. Não conheço um torcedor de outro time (mesmo do maior rival de todos) que não admire e não respeite São Marcos. Claro que depois desse domingo, talvez alguns passem a ridicularizá-lo ou considerá-lo menos "sagrado". Eu mesmo, não sei o quanto vou achar "bonito" caso ele venha a repetir a loucura, num futuro próximo. Mas o fato é que, mesmo vendo meu time me decepcionar enormemente, senti orgulho de estar presenciando aquilo. Ainda tem gente que perde a razão em pról de um ideal. E dessa vez, foi um cara que o Brasil inteiro respeita e admira, numa tentativa heróica, infantil e desesperada (os exemplos que estamos acostumados a ver de gente perdendo a cabeça, sempre são vem com atitudes violentas, depreciativas e maldosas).

Aos dois, Rafaela e São Marcos, só posso agradecer.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dando um alô

Opa, tudo bom?!
O mato deu uma crescida, eu sei, mas é que acabei passando uns dias fora. Tive um final de semana (como sempre que acontece) especial em Riviera, com bons amigos.
Minha paixão pelos esportes se explicou facilmente por duas vezes neste domingo: no final do GP de Brasil de F-1, e no final do jogo do Palmeiras contra o Santos.
Como há muitos anos não fazia ao ver a F-1, pulei gritando e socando o ar na hora que o Kubica e o Vettel passaram o Hamilton (posição que sagraria Felipe Massa Campeão mundial) e senti um aperto no estômago estatelado no sofá quando, na última curva, o Glock perdeu a posição que devolveu o título para o inglês.
No jogo do Palmeiras, com uma emoção não tão rara, o gol da vitória aos 46 do 2º tempo, na casa do Santos, me fizeram gritar e ter taquicardia, de novo. Nada consegue manipular tão rapidamente nossas emoções quanto o esporte.
Bom, como eu disse, era apenas um alô. Mais tarde eu volto com mais tempo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Fuerza Bruta

Então ... Tava teimando em não postar sobre eles por aqui porque o grupo é argentino, né? Mas já passou quase uma semana e eu ainda acho que devo postar, então vamos lá. Quem quiser saber informações institucionais do show é só entrar em : http://www.fuerzabrutabrasil.com.br
Por mim : Vale a pena! Espetáculo com letra maiúscula. Visual incrível. Se assiste ao show de pé, em ritmo de balada. O tempo todo você fica na expectativa de onde virá a ação e isso funciona muito bem.
Pra quem lembra ... tem um pouco daquela "filosofia" dos comerciais do Free, mas se você não for um uber-intelectual ranzinza, funciona. Outra coisa ... até no teatro esses maledetos tem mais raça que a gente!!
Dica : Vá bem acompanhado! Se for prospect então, perfeito! Além de ser um local super "climinha" e cheio de gente bonita, o lance de assistir ao show de pé, com uma puta sonzeira acompanhada de vários blackouts, e ainda se movimentando (e dançando) no meio da galera, proporciona um dos ambientes mais convidativos para o abate que já vi!
Pros ogros que estão com preguiça de levar a namorada, outra dica : tem chuva de mulheres gostosas molhadas. Animal!
Além de tudo, é um tipo de teatro/performance "pop" que se existisse mais por aqui, talvez ajudassa a tirar o preconceito que a maioria das pessoas (muitas vezes, me incluo nesse grupo) tem com as artes cênicas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Rindo e dançando


Nunca achei que o humor e a música tivessem que caminhar separadamente. Imagino que os artistas de Vaudeville foram os primeiros a perceber isso, mas, de qualquer forma, "humor musical" nunca chegou a ser um gênero propriamente dito.
Acho que, nos tempos modernos, o primeiro cara mais conhecido a flertar com a idéia foi o Andy Kaufman. Não vou falar muito dele porque ainda escreverei um post exclusivo. Só pra dar uma prévia, vale dizer que ele ficou bem famoso nos EUA pelos seus números musicais, digamos, "irreverentes" (e foi brilhantemente representado pelo Jim Carrey no filme "O Mundo de Andy").


Lembrei agora, que os "Trapalhões" já brincaram com essa possibilidade também. Quem não se lembra da versão de "Teresinha de Jesus" com o Didi, Zacarias e o querido Mussunzis! Bom, pra quem não lembra, e pra quem lembra mas ficou com vontade de matar a saudade, aí vai :


Continuando ... nas minhas pesquisas sobre humor, tempos atrás descobri uma dupla de musicistas que, aparentemente, nunca se encaixaram bem no ambiente clássico e resolveram criar um show chamado "A Little Nightmare Music". Pensei em falar um monte de coisa aqui, mas o melhor é mostrar :

Esse trecho mostra o quanto os caras são débeis mentais, engraçados e criativos.


E esse é o típico exemplo de que (bom) humor e inteligência caminham juntos sempre! Sem "gimmicks".
Quem quiser saber mais, vale a pena dar uma procurada no Youtube (eles chamam : Igudesman & Joo) ou mesmo no site dos caras : http://www.igudesmanandjoo.com/

Aí, tempos atrás o Kris me passou uma outra dupla. Outro estilo, mas igualmente cínica e genial. Aliás, dá pra perceber que, assim como os grandes comediantes de Stand-Up, esses caras tem um nível de cinismo quase sobre-humano (e fantástico de se ver). Os caras chamam : Flight of the Conchords. Outro caso de gente que deve ter cansado de tentar uma carreira mediana no meio musical e aí, graças a Deus, descobriu seu verdadeiro talento. Eles tem uma pegadinha "folk", letras espetaculares e muito, mas muito domínio de palco.

Infelizmente não tem versão legendada, mas pra quem entende inglês, ouça com atenção porque é de rolar de rir.


E aqui é um dos clipes que eles fazem num programa de TV, ou algo do tipo. Vi vários deles, e sempre achei que perderam de longe das versões "ao vivo". É quase impossível (mesmo pra eles) competir com aquilo que a gente imagina só ouvindo as letras. Mas, nesse eles acertaram a mão. (dessa vez entender inglês até ajuda, mas não é essencial ...).

Enfim ... ao que se parece, o humor está em alta no mundo inteiro e, espero, vamos ver cada vez mais bons jeitos de se fazer rir. Conforme eu for descobrindo, vou colocando por aqui!

Divirtam-se!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Homens ao Mar

A esquadra é pequena mas bem valente. Uma tempestade passou faz tempo, mas um dos barcos não teve como aguentar. Pior que agora temos homens ao mar e uma tormenta das bravas parece se aproximar. Acho que o meu barco é rápido e forte o suficiente pra passar bem por essa, ajudando o máximo possível. Espero que com poucas avarias.
Que Poseidon nos ajude!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Lavando a Alma

Como regredi da maturidade pra adolescência lá pelos meus 25 anos, só nessa época tão interessante que percebi o quanto os grandes shows são legais. Nessa fase adulta eu já gostava muito de música, mas sabe como é difícil esse negócio de ir em shows quando você é velho...
Meu primeiro grande show foi o do Michael Jackson, mas eu devia ter uns 11, 12 anos, o que eu considero pós-infância. Depois disso, se eu não me engano, flertei com a idéia num Skoll Beats (nos tempos que ainda era em Interlagos, o que talvez tenha me motivado a ir mais do que todo o resto) e só em 2005, com o Pearl Jam que redescobri esse prazer de verdade. Hora certa! Volta em grande estilo porque o show foi (perdoem-me) foda! Um evento basicamente centrado na emoção dos caras (pela primeira vez tocando no Brasil) e do público, mais nada. Acho que foi o evento que mais vi pessoas verdadeiramente emocionadas sem precisar gritar e pular. Se via nos olhos atentos de quase todos a incredulidade de estar finalmente naquele show.
Logo depois veio a super-produção do U2, exatamente o oposto da proposta da banda de Seattle, mas igualmente espetacular.


Hoje tive o enorme prazer de ter conferido o show do Dave Matthews Band, uma da minhas bandas preferidas. Sempre soube que o negócio dos caras é o palco muito mais do que o estúdio, e, finalmente, pude comprovar isso na pele.
Quando uma banda tem muitos integrantes na formação original (sem músicos contratados), o palco faz com que todos se multipliquem e realmente o show vira um troço mágico.
Foram 2 horas e meia que passaram como 5 minutos. Era claro na expressão de cada um no palco que o show era diversão pura. Se no Pearl Jam "sentimento" foi a palavra-chave, no U2 eu diria que foi "espetáculo". Já no Dave Matthews "música" foi o ponto central. Todo mundo tocando muito, pelo prazer de tocar e só. É muito bom ver alguém fazendo sua profissão com tanto gosto, como esses caras. Pra se pensar...
Pra completar, a noite fez um frio na medida certa (adoro vento gelado batendo no rosto), o céu estava maravilhoso e, como disse no twitter, faltou apenas o cobertor de orelha pro negócio ficar perfeito. Acontece ...
Em Dezembro tem a Madonna pra fechar o ano em grande estilo. Vamos ver o que nos aguarda por lá.
Hoje, fica a certeza de que valeu a pena ter voltado a frequentar grandes shows. Salve o DMB!

domingo, 28 de setembro de 2008

Fotografia literal - 01

Saudade amigos!
Fiquei um tempinho sem postar por aqui porque me convenci que não tinha nada de "bom" pra escrever. Porém uma quase-desconhecida interessante, com um simples comentário, me fez lembrar que esse blog não um lugar apenas para as coisas boas. É um lugar pra mim. Ponto.
Engraçado como eu ando usando esse recurso de terminar uma frase com ponto final e depois pontuar o tal ponto, escrevendo "Ponto." depois do ponto. Dá um ar sóbrio pro parágrafo ... reticências...
Passei duas semanas longe daqui e quase me esqueci de como o terreno é grande. Tanto pra se explorar ainda. Gosto disso. De certo modo, parece uma metáfora barata da minha vida. Não gosto muito de metáforas baratas.
Ando numa fase tranquila profissionalmente, quase como se tivesse num emprego tradicional. Porém essa quietude toda é traiçoeira. Meu projeto só acabará no meio do ano que vem, e é lá que todo o trabalho que eu realizarei até o final do ano se mostrará bom ou não. Espero estar no caminho certo.
Anteontem eu mostrei os dois primeiros clipes que eu dirigi para uma nova colega de trabalho e fiquei feliz. Ela adorou. Eu também. Acabei lembrando que até agora, apesar das coisas boas e ruins, me orgulho bastante do que fiz e, o que me alegra mais ainda, de como fiz. Esse é o tipo de realização que só você (no caso eu) consegue ver. Um pouco solitário, mas ainda sim gratificante.
Assim como as piadas disfarçadas no 3º e 4º parágrafo desse post. É quase inacreditável que bobagens desse tipo me realizem tanto.
O próximo texto do Agridoce será sobre o número de amigos que cada um tem. Acho que todos meus amigos gostam de bobagens desse tipo.
Pra quem acha que eu estou escrevendo isso loucamente sem parar pra reler, como num fluxo de pensamento inconsequente, aqui vai uma dica : eu nunca faço isso. Nem em emails. Já perdi mais de uma hora pra escrever emails de um ou dois parágrafos. Sim, sim, deviam ser cantadas.
Ainda assim, textos como esse seguem uma lógica inconsequente. Escreveu o grande Verissimo que, pela sua perecibilidade, a crônica é algo como "uma travessura diante da morte". É mais ou menos isso que pratico quando escrevo assim. Só que uma travessura ensaiada. Mesmo porque eu realmente não sei dar cambalhota direito.
Ando numa fase bem ávida pela vida. Sem drogas, porres homéricos e orgias desenfreadas. Apenas me sinto bem mais atento e disposto, como nunca estive, a me colocar em situações interessantes (mesmo que aparentemente desconfortáveis). Desde adolescente eu sempre soube que a melhor época da minha vida seria depois do colegial. Acho que demorou um pouquinho a mais do que eu imaginava, mas aconteceu.
Existe um site famoso no mundo "Geek" que chama "lifehacking" (ou coisa parecida). Nem coloquei o link aqui porque só entrei nele uma vez e nem lembro se gostei ou não. O que realmente me fascinou foi o nome. A idéia de você ir entendendo como "as coisas funcionam", e a partir daí ir aprendendo modos mais inteligentes de se viver é algo que estou buscando de forma consciente há algum tempo. Só não sabia como chamava e agora aprendi : life hacking!
Essa avidez tem a ver com isso. A tranquilidade (aparentemente contraditória) pra apreciá-la também.
Não acho que eu esteja na fase mais feliz da minha vida, já tive grandes momentos que beiraram a euforia e estamos trabalhando pra que esses se repitam futuramente. Mas algo de muito significativo está acontecendo comigo nos últimos tempos.
Achei legal registrar isso de alguma forma. Mais pra frente eu tiro outras fotos pra gente saber como as coisas caminharam.
Té mais!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Uma breve história

Disléxica e desesperada comprou 2 livros de auto-ajuda na esperança de ter uma vida melhor.
Um era sobre guardar dinheiro.
O outro sobre perder peso.
Leu simultaneamente.
Morreu gorda e pobre.

domingo, 7 de setembro de 2008

Mais uma geração garantida!

Depois de três anos de espera, finalmente tive coragem de tentar cozinhar as míticas Cachofras (não é alcachofra, é cachofra!) a la Elvira Laganaro. Essa é uma famosa (e secreta) receita da família, vinda do sul da Itália, para aquele que considero o prato mais mágico de todos. Sempre causou furor na minha pequena família. Só preparado 1 vez ao ano, de forma magistral. Sempre degustado com enorme louvor.

Quando minha avó estava prestes a se aposentar da profissão "do lar". Resolvi documentar e participar (como sempre fazia na infância) de todo o processo de feitura da tal Cachofra. Anotei cada etapa e também gravei tudo.
Mês passado fui ao mercadão municipal para comprar com amigos os ingredientes de outro prato delicioso (nhoque ao sugo, nos moldes da família, claro). Lá vi lindas alcachofras, da graúdas, e percebi que era hora de me arriscar como seguidor desse legado carregado por senhoras gordas, simpáticas e excepcionalmente dedicadas à arte da comida (culinária é coisa pra francês).
Sempre gostei de "me meter" na cozinha pra inventar moda. E dessa vez, acompanhado de 3 bravos guerreiros, não inventei nada. Muito mais que isso, me tornei o "Cachofra Master"!
Posso agora avisar minha querida avó, para que fique tranquila. Apesar d'eu não conhecer 1 centésimo dos atalhos da cozinha que ela conhece, a próxima geração dos Laganaro (e amigos) não será privada das mágicas "Cachofras" dela.
Salve as Cachofras!!!

Auto-Lembrete!

É impressionante o esforço que eu tenho que fazer pra não esquecer que o blog é um espaço DESCOMPROMISSADO. Ô minininho nerd!



(Pra quem não sabe quem são os caras da foto, uma dica : "Big Bang Theory")

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Nina Simone e Julie London

Estas duas sãos as mulheres que eu mais gosto de ouvir cantando. Sem sombra de dúvida.

Não vou fazer aqui uma comparação musical teórica e complexa sobre as 2 divas porque não sou especialista no assunto (quem quiser saber críticas desse tipo aconselho o www.allmusic.com ). Vou apenas contar impressões e recomendar. Como amigos costumam fazer.

Preparei uma playlist pra mostrar um pouco da "pegada" de cada uma delas e recomendo que você vá ouvindo enquanto lê sobre cada música apresentada.




A lista começa com 2 versões da mesma música (Don’t Smoke in Bed), interpretada pelas duas. É só ouví-las e fica muito claro o quanto a Nina é passional e dramática enquanto Julie é fatal e lasciva.

Agora vamos entender um pouquinho de cada uma:

Em cada música que eu ouço com Nina Simone, sou quase tele-transportado pros locais que a letra descrevem. Pra mim, ela é a cantora que melhor interpreta uma canção transmitindo exatamente o que a letra pede. Como uma grande atriz. “Four Women” mostra claramente essa capacidade interpretativa. Como diz o nome, ela canta uma breve biografia de 4 mulheres diferentes : uma negra, uma oriental, uma branca e uma morena (na verdade a primeira é “black” e a quarta é “brown”). Dá pra se “ver” cada mulher ao se escutar a canção. Todas histórias são tristes e fortes. Aliás a maioria das canções dela tem algum tipo de engajamento (social, étnico, etc.). Li num outro site (não achei o nome ...) que ela nunca gostou de ser classificada num estilo, ela dizia que cantava “Classic Black Music”.

Mas, como disse antes, o que mais me impressiona na Nina Simone é a capacidade de dar o tom certo pra cada música. Pra mostrar essa capacidade, e também pra não deixar um ranço pimba (pseudo-intelectual-metido-a-besta-e-associados) neste post, vou mostrar uma das primeiras músicas que ouvi dela. Bonitinha, “fofa” e pra cima : “My Baby Just Cares for Me”. Trilha perfeita para um dia fantástico!

Na seqüência, duas músicas pra ajudar a entender a Julie London.

Pra começo de conversa ela era loira, linda e com uma voz de enlouquecer qualquer homem que não freqüente “A Lôca”. Ao contrário das Mariah Careys da vida, cada palavra falada por Julie está no tempo e volume certo pra te deixar completamente inebriado.Ela é daquelas pessoas que sabem tanto do seu poder de destruição que só insinuam do que são capazes. O estrago fica na sua imaginação. Sedutora compulsiva, no final da década de 50 já cantava coisas do tipo: “me beije um pouquinho aqui, outro pouquinho ali, tipo à la carte”, sem o menor constrangimento. Esse trecho está na música que eu coloquei aqui chamada “Go Slow”. Como golpe de misericórdia, no final da canção, ela apela e sussura “You make me feel so good”. Confesso que na primeira vez que ouvi esse trecho quase bati o carro.
A música seguinte se chama “Daddy” e é mais animadinha, pra mostrar o swing da moça com orquestra, contra-baixo acústico e tudo que ela tem direito.

Me recusei a colocar o título desse post como “Nina Simone X Julie London” porque nunca ousaria a compará-las ou ainda tentar definir qual é melhor cantora (sacrilégio!). Cada uma tem seu estilo, sua função no Mundo e sua graça. Pra mim, música é momento, portanto (quase) não existe música boa ou ruim, existe sim momento certo ou errado se ouvir uma música, apenas isso.

Ouçam e aproveitem!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Altius, Fortius, Citius!

Se tem uma coisa que eu gosto nessa vida é esporte! Além de sexo, música, comida e carros, claro ...
Nessa semana tou tentando me empanturrar o máximo que posso de esportes (infelizmente a vida atrapalha esse negócio de acompanhar as Olimpíadas).



Por enquanto, tou me divertindo no judo, natação e "vôleis" em geral. Vale o destaque pra abertura que, Puta Que o Pariu, foi uma das coisas mais impressionantes de que já vi na vida!

E seguindo os conselhos do Ministério dos Esportes de Murilópolis : Esporte É Disciplina!
Assim sendo, voltei a praticar o único esporte que consegui fazer com frequência nos últimos anos : BOXE! Sim, sim, sou um lutador!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

"Whose Line Is It Anyway" - Humor de gente grande.

Como já disse em um post anterior, humor é minha principal área de interesse. Stand-Up Comedy é a menina dos olhos, mas tudo que é derivado dela me agrada muito.
Nos EUA havia um programa chamado "Whose Line Is It Anyway" onde 3 humoristas fixos e 1 convidado (passaram por lá Robin Willians, Whoopi Goldberg e muitos outros) se "enfrentavam" em sketches cômicas improvisadas.

Quase sempre que vejo gente leiga falando de comédia, escuto coisas do tipo : "Meu! Esses caras são muito loucos! Vão lá e ficam falando o que vem na telha! Demais!"

Então ... sim, eles são "muuuuito loucos" e tal ... Mas a diferença deles pra (alguns) caras que fazem isso por aqui, é um puta estudo em várias áreas : improvisação, atuação, canto, enfim, profissionalização da coisa mesmo. Recomendei tempos atrás o pessoal do "Jogando no Quintal" pq eles são desse tipo (estudiosos, profissionais e, principalmente, divertidíssimos).

Gosto de falar essas coisas pq não tem nada pior do que humor mal feito, e com esse "boom" de humor que tá rolando, vai aparecendo gente que joga contra o movimento e aí estraga a brincadeira.

Falando assim, pode parece até contradição, né? "Que cara sério falando de comédia!" Pois é ... Pra tirar essa impressão (e provar que encarando humor assim, aí que o negócio fica engraçado) segue um video de um dos meus quadros preferidos nesse programa de TV ( o video é auto-explicativo) :



Já que tá divertido vou colocar mais um, de outro quadro GENIAL (neste caso, o gordinho do meio - que chama Drew Carey - é do tipo "ruim" que comentei ... porém no meio dos outros 2, acaba funcionado)!



Bom, né?

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sábado Heróico

Neste final de semana foi inaugurado o lado experimental gastronômico da Casa Mamute. Um almoço que começou a ser feito (com direito a compras e passeio no Mercadão Municipal) às 11h00, foi servido às 17h30, com pausa para banzo de 2 horas, sobremesa às 20h00 e acabou mesmo, lá pela meia-noite.
Prato do dia : Nhoque caseiro com molho de tomate caseiro (receita da maior cozinheira de todos os tempos, minha avó, Elvira Laganaro!).
Putaqueopariu, que almoço!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Burquini, não!

Uma estilista libanesa criou uma peça de roupa que possibilita as mulheres muçulmanas praticarem esportes como vôlei de praia, futebol de areia, e mesmo natação. Olha que bonito :



Não gostei da pose da mocoila na foto, pq ela tá pagando de gatinha e (pra quem não sabe) a caspita da burca serve pra esconder a mulher, já que sua beleza pode tentar apenas o marido. Quem paga de gatinha atiça o marido alheio! Mas ok ... isso até passa.

Agora o nome desse traje ser BURQUINI, não dá, né pessoal?!

Se é uma ofensa grave à honorável burca eu não sei, mas que se parece tanto com um biquini quanto o Boris Casoy uma das "Victoria Secret Angels", isso eu garanto! Na boa, pessoal ... Burquini, não!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Da séries "Bastidores" : o clipe do NX Zero "Cedo ou Tarde".

Eu disse que trabalhava com cinema, pequena. E, sim, posso te tornar uma estrela.



Engraçado ouvir a Renata Ceribelli completando uma frase sua.

(Ainda quero fazer uma seção de "causos" de filmagens, aos poucos, vou delimitando as áreas desse terrenão bonito ...)

Da série "Fotos que não poderiam ficar no fundo da gaveta" : Glúteos

Como já disse anteriormente, trabalho com cinema (e sim, posso te tornar uma estrela, pequena). No final de 2004, lá estava eu, às 6h23 da manhã, torto de sono, tentando pegar no tranco pra tocar mais uma filmagem como assistente de direção. A locação era a academia Reebok, recém-inaugurada. Muito glamour e a fama de se ser das mais (se não a mais) bem frequentada (estamos falando de beleza exterior, amigos. Leitores de Nietzche e Kierkegaard obviamente não são o foco).
Perambulando como um zumbi pela locação, me deparo então com o seguinte cartaz : Depois de um rápido acesso de riso, acordei! Campeonato de Glúteos! Aêêê!!
Fiquei me imaginando sendo um dos jurados, como nos concursos de Miss, com a ficha na minha frente, observando as nervosas candidatas se aproximando, virando de costas e submetendo suas, digamos, prateleiras à minha apreciação para nota. Além do traje típico, gala e biquini, imaginei que deveriam ter outras provas como a dos pulinhos para averiguar rigidez. E quando chegassemos às 5 finalistas, obviamente teriamos a prova do tato (bem mais pertinente do as tradicionais perguntas, no caso).
Finalmente um Campeonato que vai direto ao ponto!!! Aêê!!
Assim como o Charlie Brown, fiquei viajando dentro do meu próprio cerebrinho, feliz! E depois de um tempo fui comentar, inocentemente, com um colega (gay, obviamente) sobre tal maravilha. A realidade, então, despencou sobre minha cabeça, quando fui informado que "Glúteos" é o nome de um exercício (tal como mostra a foto) feito em séries, e o campeonato serviria para ver quem faria mais repetições do mesmo.
Porra ... precisava ser tão direto? Tudo bem que a prova de tato e dos pulinhos eram um pouco exageradas, mas que uma academia daquela poderia, facilmente, ter um campeonato da Miss Bumbum Dourado, isso poderia. Custava me deixar acreditar nisso? Não se brinca com o sonho de uma criança, poxa vida ...
De qualquer forma, a foto está aí. "Campeonato de Glúteos" é genial!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Da série "Devaneios" : Eu confesso.

Eu ia escrever um post.
Bem divertido.
O tema era:
Tempestade de mulheres.
Tava engraçadinho no começo.
Mas as mulheres eram loucas.
De verdade.
Aos montes.
Fiquei com medo.
Apaguei tudo.
Vou dormir.
E espero não sonhar com isso.
Boa noite.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

E aí ... Gosta de KitKat?




EU TENHO!!!

Aquecimento olímpico

Sempre fui um consumidor voraz de joguinhos idiotas. Daqueles que você aprende a jogar rápido, mesclando um pouco de habilidade manual com o mínimo de raciocínio lógico, e principalmente, daqueles que quanto mais você joga, mais divertido ficam. Clássicos como Tetris e Snake (popularizado nos celulares Nokia) já frequentaram minha rotina diária por muito tempo.


O Dolphin Olympics 2 é o joguinho da vez. Nele, você comanda um golfinho atômico que faz manobras pelo oceano e, nos seus pulos, pode voar pra cima da atmosfera terrestre, chegando na Lua. Legal, né? Não! Tem muito mais. Surfando nas estrelas, você voa para Marte (foto acima), Saturno, Plutão, outros planetas que não tem nome e, depois de tudo isso, um restaurante intergaláctico, porque ninguém é ferro!

Pra quem não gosta da jogatina, vale pela psicodelia de ver um golfinho perdido pelo espaço sideral.

domingo, 13 de julho de 2008

Jogando no Quintal

Taí um assunto que frequentemente devo postar por aqui : Humor!

Pros que não sabem, eu trabalho com cinema (sim, posso te tornar uma estrela) e meu gênero preferido é a comédia.

Acabei de voltar de um espetáculo que já está se tornando um clássico na cidade (São Paulo) : Jogando no Quintal.


Um show onde dois times de palhaços jogam através de sketches cômicas em busca de gols, digo, risadas. Improviso total. Além do talento dos palhaços (incluindo juíz e banda que mandam muito bem), o que mais me impressionou em todo espetáculo foi a predisposição do público em se divertir. Duas horas e meia de espetáculo muito leve, mesmo que você não seja de gargalhar, vai sair de alma lavada. Coisas que só a (boa) comédia faz por você!

Gostei muito do show e recomendo. Mas, particularmente, sou mais fã de Stand-Up Comedy (começando a ficar popular aqui no Brasil pelo termo "Humor de cara limpa"). Os precursores do movimento (e meus amigos) em Sampa são do Clube da Comédia Stand-Up . Gosto tanto do assunto que já até me apresentei por lá uma vez, mas isso é assunto pra outro post.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Criando uma rotina

Quando eu mudo de casa (a última vez foi há 7 meses quando passei a morar sozinho), uma das primeiras coisas que tento descobrir, é qual será minha nova rotina por lá. Quais cantinhos serão meus preferidos, onde eu farei o quê, que mudanças esse novo lugar trará pro meu coditiano.
Um exemplo ... quando eu morava com meus pais, sempre comi queijo quente no café da manhã. Nessa mudança, tive um insight genial! Eu podia comprar qualquer outra coisa que quisesse! Passei, então, alguns dias pesquisando um novo menu (ou esperando a consagração do anterior). Elegi torradas com requeijão (e nos dias bons, queijo prato por cima). Ainda gosto de queijo quente, mas esse fica como uma boa lembrança de uma fase que já foi. :-)
Por aqui, tou mais ou menos nessa situação. Minha propriedade é grande. Gigante! Muito espaço pra passear, muitos lugarzinhos pra se descobrir, muitas pessoas bacanas pra se encontrar ...
Sigo caminhando, sigo caminhando ...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Chegando em casa ...

Pois é ...
Depois de quase 10 anos de uso diário de internet resolvi criar meu blog. Mais "Laganaro" que isso, impossível.
Em 1999 eu escrevia crônicas (num projeto de site que virou o "www.cronistasreunidos.com.br") semanalmente, sem bloqueio, sem travas e praticamente sem leitores. Com o passar do tempo, comecei a ter leitores, leves bloqueios mas ainda sem travas. Aí criei outro site (x-salada.blogspot.com), aí virei uma quase-celebridade da internet. Passou mais tempo, passei a ter menos tempo pra escrever, mais bloqueios, mais travas e mais leitores. Aí ... passei a escrever menos ... sim, sim, culpa dos tais bloqueios e travas e os leitores começaram a diminuir. Bem verdade que os bloqueios também, mas as travas não. Comecei a me levar um pouco mais a sério do que devia, e perdi a capacidade de escrever sem pensar muito. Algo que via nos meus textos láááá de 2000 e pouco.
Comprei essas terras aqui com esse intuito. Passear intelectualmente sem bloqueios e travas.
Tá só começando ... mas tou gostando ...