domingo, 28 de setembro de 2008

Fotografia literal - 01

Saudade amigos!
Fiquei um tempinho sem postar por aqui porque me convenci que não tinha nada de "bom" pra escrever. Porém uma quase-desconhecida interessante, com um simples comentário, me fez lembrar que esse blog não um lugar apenas para as coisas boas. É um lugar pra mim. Ponto.
Engraçado como eu ando usando esse recurso de terminar uma frase com ponto final e depois pontuar o tal ponto, escrevendo "Ponto." depois do ponto. Dá um ar sóbrio pro parágrafo ... reticências...
Passei duas semanas longe daqui e quase me esqueci de como o terreno é grande. Tanto pra se explorar ainda. Gosto disso. De certo modo, parece uma metáfora barata da minha vida. Não gosto muito de metáforas baratas.
Ando numa fase tranquila profissionalmente, quase como se tivesse num emprego tradicional. Porém essa quietude toda é traiçoeira. Meu projeto só acabará no meio do ano que vem, e é lá que todo o trabalho que eu realizarei até o final do ano se mostrará bom ou não. Espero estar no caminho certo.
Anteontem eu mostrei os dois primeiros clipes que eu dirigi para uma nova colega de trabalho e fiquei feliz. Ela adorou. Eu também. Acabei lembrando que até agora, apesar das coisas boas e ruins, me orgulho bastante do que fiz e, o que me alegra mais ainda, de como fiz. Esse é o tipo de realização que só você (no caso eu) consegue ver. Um pouco solitário, mas ainda sim gratificante.
Assim como as piadas disfarçadas no 3º e 4º parágrafo desse post. É quase inacreditável que bobagens desse tipo me realizem tanto.
O próximo texto do Agridoce será sobre o número de amigos que cada um tem. Acho que todos meus amigos gostam de bobagens desse tipo.
Pra quem acha que eu estou escrevendo isso loucamente sem parar pra reler, como num fluxo de pensamento inconsequente, aqui vai uma dica : eu nunca faço isso. Nem em emails. Já perdi mais de uma hora pra escrever emails de um ou dois parágrafos. Sim, sim, deviam ser cantadas.
Ainda assim, textos como esse seguem uma lógica inconsequente. Escreveu o grande Verissimo que, pela sua perecibilidade, a crônica é algo como "uma travessura diante da morte". É mais ou menos isso que pratico quando escrevo assim. Só que uma travessura ensaiada. Mesmo porque eu realmente não sei dar cambalhota direito.
Ando numa fase bem ávida pela vida. Sem drogas, porres homéricos e orgias desenfreadas. Apenas me sinto bem mais atento e disposto, como nunca estive, a me colocar em situações interessantes (mesmo que aparentemente desconfortáveis). Desde adolescente eu sempre soube que a melhor época da minha vida seria depois do colegial. Acho que demorou um pouquinho a mais do que eu imaginava, mas aconteceu.
Existe um site famoso no mundo "Geek" que chama "lifehacking" (ou coisa parecida). Nem coloquei o link aqui porque só entrei nele uma vez e nem lembro se gostei ou não. O que realmente me fascinou foi o nome. A idéia de você ir entendendo como "as coisas funcionam", e a partir daí ir aprendendo modos mais inteligentes de se viver é algo que estou buscando de forma consciente há algum tempo. Só não sabia como chamava e agora aprendi : life hacking!
Essa avidez tem a ver com isso. A tranquilidade (aparentemente contraditória) pra apreciá-la também.
Não acho que eu esteja na fase mais feliz da minha vida, já tive grandes momentos que beiraram a euforia e estamos trabalhando pra que esses se repitam futuramente. Mas algo de muito significativo está acontecendo comigo nos últimos tempos.
Achei legal registrar isso de alguma forma. Mais pra frente eu tiro outras fotos pra gente saber como as coisas caminharam.
Té mais!

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau.
gostei de ser a estranha quase desconhecida que te incentivou a escrever.

esse lugar é seu mesmo. tem que escrever, ainda mais quando é para registrar um momento bom da vida, como esse que você está vivendo.

beijo, na ponta do nariz. :P

K.