segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Doce e Pegajoso

O título é apenas uma tradução do nome da turnê "Sticky and Sweet" da Madonna, pra esquentar as coisas por aqui depois de tanto tempo longe.
Vamos lá ... Fui no show da Rainha do Pop na quinta-feira, o primeiro aqui em Sampa. Mas antes de tudo queria falar um pouco sobre as pessoas. Sabe aquelas que vivem no mesmo planeta que nós? Então ... Impressionante o drama que essas pessoas fazem sobre as coisas. Sim, o trânsito até que estava ruim no dia, sim a Sulamérica Trânsito fazia todos acreditarem que São Paulo não se mexia, mas, amigos, juro pra vocês : peguei a ponte do Morumbi, e quase toda a avenida até 1 quarteirão antes do Hospital Albert Eistein, praticamente livres. Isso às 19h00 (uma hora exata antes do horário marcado pro show). Toda vez que a cidade entra nesse tipo de clima de histeria eu, quando posso, saio por aí pra ver se precisa de tudo isso mesmo. Quase nunca precisa. Às vezes exagero, confesso, como no dia dos ataques do PCC, que eu saí pra dar um "rolê" só pra ver a cidade vazia. Mas enfim, voltemos ao show ...
Depois de 2 horas de atraso, e um show bem divertido do Paul Oakenfold, a musa entrou no palco. Como sempre faço aqui, não farei uma análise técnica. Vou falar das minhas impressões, certo?
O show foi um grande clipe de 2 horas. Espetacular, impressionante, algo que só a Madonna poderia trazer pra nós. E isso é exatamente um reflexo do que Madonna está se tornando. Uma mulher que desafia bravamente o tempo, inacreditável e quase biônica. O show é impecável, com todos os requintes técnicos, artísticos e narrativos que um grande show pode ter. Tudo que talento artístico e o dinheiro podem comprar estão lá. Assim como ela, que está tão em forma, conservada e na ativa como ninguém mais poderia.

Mas ... pra mim ... que não sou suuuuuper fã da moça (afinal de contas, sou hétero convicto) faltou emoção. Pra ser mais preciso ... faltou champignon.
Foi tudo tão coreografado, tudo tão perfeito, como num grande músical. Até a hora de ser espontâneo estava no script. E confesso que, por conta disso, o show não foi genial pra mim. Nos últimos post de show que fiz, comentei do Dave Matthews Band, do Pearl Jam e até do U2. Em todos esses shows, saí flutuando. Meus pés teimavam em não voltar pra terra por boas horas depois de tudo. No da Madonna, me senti numa das baladas mais fantásticas que já fui, mas meus pés não descolaram do chão. Pena.

Ainda sim, recomendo pra qualquer um, por tudo de bom que também comentei por aqui.

Pra fechar, explico a expressão "champignon". Quem inventou essa expressão foi um grande intéprete brasileiro chamado Wilson Simonal. Pra ele, "champignon" era todo o balanço, swing e outras coisas mais que nunca vou conseguir explicar com palavras, mas que faziam toda a platéia descolar do chão e parar nas nuvens. Infelizmente só tive a chance de conferir todo o "champignon" do Simonal por registros históricos, mas mesmo numa telinha vagabunda de youtube, viajei com ele muito mais do que na maioria dos shows que já presenciei.



Enfim ... sei que pedir isso num show da Madonna, é quase como exigir erudistismo na Malhação, ou realidade no Missão Impossível, mas acho que um mínimo de "champignon" por todo show cairia muito bem à maior estrela pop de todos os tempos.

Um comentário:

Eterna Aprendiz disse...

Ahhhh!! Todo mundo que foi no show disse que foi o máximo!!

Peninha que não fui....

Amei o "meu limão, meu limoeiro"... me lembra uma vitrolinha que eu tinha qdo era criança que tocava essa musiquinha...rsrs....

Tudo de bom pra vc em 2009 !!!!!!

Beijos