segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Lavando a Alma

Como regredi da maturidade pra adolescência lá pelos meus 25 anos, só nessa época tão interessante que percebi o quanto os grandes shows são legais. Nessa fase adulta eu já gostava muito de música, mas sabe como é difícil esse negócio de ir em shows quando você é velho...
Meu primeiro grande show foi o do Michael Jackson, mas eu devia ter uns 11, 12 anos, o que eu considero pós-infância. Depois disso, se eu não me engano, flertei com a idéia num Skoll Beats (nos tempos que ainda era em Interlagos, o que talvez tenha me motivado a ir mais do que todo o resto) e só em 2005, com o Pearl Jam que redescobri esse prazer de verdade. Hora certa! Volta em grande estilo porque o show foi (perdoem-me) foda! Um evento basicamente centrado na emoção dos caras (pela primeira vez tocando no Brasil) e do público, mais nada. Acho que foi o evento que mais vi pessoas verdadeiramente emocionadas sem precisar gritar e pular. Se via nos olhos atentos de quase todos a incredulidade de estar finalmente naquele show.
Logo depois veio a super-produção do U2, exatamente o oposto da proposta da banda de Seattle, mas igualmente espetacular.


Hoje tive o enorme prazer de ter conferido o show do Dave Matthews Band, uma da minhas bandas preferidas. Sempre soube que o negócio dos caras é o palco muito mais do que o estúdio, e, finalmente, pude comprovar isso na pele.
Quando uma banda tem muitos integrantes na formação original (sem músicos contratados), o palco faz com que todos se multipliquem e realmente o show vira um troço mágico.
Foram 2 horas e meia que passaram como 5 minutos. Era claro na expressão de cada um no palco que o show era diversão pura. Se no Pearl Jam "sentimento" foi a palavra-chave, no U2 eu diria que foi "espetáculo". Já no Dave Matthews "música" foi o ponto central. Todo mundo tocando muito, pelo prazer de tocar e só. É muito bom ver alguém fazendo sua profissão com tanto gosto, como esses caras. Pra se pensar...
Pra completar, a noite fez um frio na medida certa (adoro vento gelado batendo no rosto), o céu estava maravilhoso e, como disse no twitter, faltou apenas o cobertor de orelha pro negócio ficar perfeito. Acontece ...
Em Dezembro tem a Madonna pra fechar o ano em grande estilo. Vamos ver o que nos aguarda por lá.
Hoje, fica a certeza de que valeu a pena ter voltado a frequentar grandes shows. Salve o DMB!

2 comentários:

Fê Menezes disse...

Primeiramente, queria manifestar um pouco de inveja, pois não consegui ir ao DMB e quero saber como foi hein... segundamente, se tem um momento em que esqueço de minha idade é quando vou a um bom show, porque dá vontade de esquecer de tudo, não é? Enfim... concordo contigo e que venham os espetáculos!!!

Paulo e Marie disse...

Só quem esteve lá pode entender cada palavra do seu texto... Até agora estou em transe... Como se eu estivesse flutuando!
Acho que a melhor sensação de ir a um show, independentemente da idade, é ficar na dúvida se vc canta os versos mais do que decorados ou se fica boquiaberto com tanta magia!
Dave Matthews Band é, sem sombra de dúvidas, a banda que mais transparece a emoção de exercer o ofício!
Viva o Sr. Matthews!
Grande beijo!