segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Coisas difíceis de se ver por aí ...

Mais um final de semana se passou. Nada demais, nada de menos. Mas presenciei duas coisas (boas) que que me fizeram parar pra pensar um pouquinho ...

1 - Sábado à noite. Fui jantar com um grande amigo, esposa e filhinha (minha "afilhada de criação", com 2 anos e meio) no McDonald's. Entre as brincadeiras, broncas, risadas e choros tradicionais, falei algo que a fez lembrar do Papai Noel. Instantaneamente ela me perguntou se eu queria vê-lo. Eu aceitei e ela, do alto dos seus 97 cm, decidiu que ia me levar pra conhecer o bom velhinho. Por todo o caminho, ela segurava meu dedo indicador com toda força que tinha, me puxando. Eu andava pelo shopping, meio bobo, meio curioso. Até então, todas as vezes que passeei e brinquei com ela, eu que segurava a sua mão. Eu que me preocupava. Pela primeira vez, senti que ela estava realmente preocupada em me proporcionar algo de bom. Ela não queria que eu a levasse pra o Papai Noel, ela queria dividir isso comigo. Não chorei (pq eu sou macho pra caramba!), não enchi os olhos d'água e nem fiquei mais bobo do que de costume. Avacalhei e brinquei com ela como sempre faço (mesmo porque o Papai Noel não estava lá, havia apenas uma linda e gigantesca árvore de Natal), mas balancei com o significado daquele momento. Na hora de ir embora, ganhei 2 beijos. O primeiro, já tradicional, foi resposta de um pedido meu. O segundo, espontâneo, veio com um pedido na língua das crianças (eu estou no módulo intermediário), para que eu fosse visitá-la na casa dela. É claro que vou, linda.
Enfim, foi apenas um jantar no McDonald's que não durou mais que 2 horas, mas nesta noite a pequena Rafa, apenas com sua atenção, fez meu dia valer a pena.

2 - Domingo à tarde. Eu na casa dos meus pais, com meu irmão, minha cunhada e minhas 3 sobrinhas. Quase italianos e palmeirenses loucos que somos (principalmente os homens), assistimos o jogo e vimos nosso querido time perder e, praticamente, dizer adeus ao título do campeonato brasileiro. Porém, a partir dos 28 minutos do segundo tempo, São Marcos (sim, Luxemburgo, de novo ele saiu de campo com esse nome, simplesmente porque ele é dotado de santidade no Parque Antárctica), incorformado, abandonou sua área algumas vezes, para tentar fazer o gol que nenhum jogador de linha tinha conseguido até então. Louco? Desvairado? Inconsequente? Pode ser. Mas tudo isso, por conta de uma vontade inacreditável de ganhar e, ainda, por uma paixão pelo time, que supera o medo do ridículo, o medo de perder toda a credibilidade conquistada à duras penas e qualquer outro sentimento que rege a maioria dos profissionais de qualquer área hoje em dia. Essa paixão desvairada que fez São Marcos agir como um louco está em falta hoje em dia. Tão em falta, que é valorizada até pelos rivais. Não conheço um torcedor de outro time (mesmo do maior rival de todos) que não admire e não respeite São Marcos. Claro que depois desse domingo, talvez alguns passem a ridicularizá-lo ou considerá-lo menos "sagrado". Eu mesmo, não sei o quanto vou achar "bonito" caso ele venha a repetir a loucura, num futuro próximo. Mas o fato é que, mesmo vendo meu time me decepcionar enormemente, senti orgulho de estar presenciando aquilo. Ainda tem gente que perde a razão em pról de um ideal. E dessa vez, foi um cara que o Brasil inteiro respeita e admira, numa tentativa heróica, infantil e desesperada (os exemplos que estamos acostumados a ver de gente perdendo a cabeça, sempre são vem com atitudes violentas, depreciativas e maldosas).

Aos dois, Rafaela e São Marcos, só posso agradecer.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Dando um alô

Opa, tudo bom?!
O mato deu uma crescida, eu sei, mas é que acabei passando uns dias fora. Tive um final de semana (como sempre que acontece) especial em Riviera, com bons amigos.
Minha paixão pelos esportes se explicou facilmente por duas vezes neste domingo: no final do GP de Brasil de F-1, e no final do jogo do Palmeiras contra o Santos.
Como há muitos anos não fazia ao ver a F-1, pulei gritando e socando o ar na hora que o Kubica e o Vettel passaram o Hamilton (posição que sagraria Felipe Massa Campeão mundial) e senti um aperto no estômago estatelado no sofá quando, na última curva, o Glock perdeu a posição que devolveu o título para o inglês.
No jogo do Palmeiras, com uma emoção não tão rara, o gol da vitória aos 46 do 2º tempo, na casa do Santos, me fizeram gritar e ter taquicardia, de novo. Nada consegue manipular tão rapidamente nossas emoções quanto o esporte.
Bom, como eu disse, era apenas um alô. Mais tarde eu volto com mais tempo.